segunda-feira, 9 de março de 2009

worst case scenario


Rá! Li que dia desses quase caiu um asteróide na Terra. Ele era bem grande. O impacto teria a força de 1000 bombas de Hiroshima. Se caísse, devastaria uma cidade do tamanho de São Paulo. E se fosse maior? Na pior das hipóteses, acabaria com todos nós. E fazia tempo que eu não me divertia com a possibilidade do juízo final.

E o maldito meteoro foi descoberto dois dias antes do dia em que ele passou. Eu descobri ontem. A maior parte de nós não teria tempo de ficar desesperado. Não teria tempo de rezar, de pedir perdão. Ele passou raspando. E o mais engraçado é que tudo teria se tornado tão em vão em tão pouco tempo.

Na pior das hipóteses, eu não teria que levar a minha mãe no hospital ficar com o meu pai porque ele tem o coração fraco. Na pior das hipóteses, tudo que a humanidade construiu, bom ou ruim, teria sido em vão. Dinheiro seria pó e sexo seria inútil. Guerra não teria porquê (tem?) mas paz teria sido um tédio. E ninguém perceberia. Puf. Assim. Fácil, indolor, como se nunca tivéssemos existido.

Não iam baixar os cavaleiros do apocalipse e tocar o terror em tudo. Você ia estar no ônibus com fome e com vontade de ir ao banheiro e esmagado por duas bundas enormes e ia simplesmente virar nada. E o dia que você passou no trabalho se tornou zero. E os contatos que você fez, hahaha. E os amigos que você tinha, a família, os desafetos, quem você amou não fizeram a menor diferença. E o seu hobby, e aquela manhã que você passou colocando sal em lesmas foi tudo perda de tempo.

Mas as coisas sempre podem piorar, não é? Essa não é a pior das hipóteses.

Afinal de contas, ainda estamos por aqui.



Foto através de vidro embaçado por Jenny Pollak.

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